A lua e eu.

E de noite quando eu sento na cama em meio a escuridão, eu sinto como dói. Como dói sentir-se tão incompleta. Meus olhos vagam pelo nada, procurando formas que possam me fazer feliz, apenas simples elementos que me desviem da melancolia, porém, nada veêm. A não ser o mesmo relento frio e sombrio. Um abraço fúnebre da noite, um aconchego temeroso, um beijo negro e devorador, uma solidão sem conceitos. E, monotonamente, eu caminho em busca da minha amiga, da companheira incansável de todos as noites, o único brilho em meio negritude. Debruçada sobre a janela, eu avisto a lua - revigorosa, linda, exuberante, gloriosa. Nada que possa se assemelhar a mim. Olhando-a ternamente palavras decorrem da minha boca, meu coração explode em sentimentos irreconhecíveis, a opressão flutua oscilante no céu estrelado, esvaecendo como um balão de ar. Lágrimas grossas, pesadas e frias como mármore escorrem por minha face, carregando todo peso que habitava em mim, e nesse instante eu pude me sentir leve. Uma luz enérgica e  invisível se materializou em mim e pude degustar da esperança. A magia estava viva e presente, agora, eu sentia que todo o vazio seria preenchido. Algo estava vindo. (Escrito por mim)